Os problemas que a glândula tireoidiana alterada pode gerar são desconhecidos por uma grande parcela das pessoas. Pesquisas apontam que, acima dos 40 anos de idade, cerca de 50% da população possui algum tipo de nódulo na tireóide. E os diagnósticos feitos apenas pelo tato muitas vezes não são suficientes para encontrar o problema.
Explicando melhor: a tireóide é uma glândula em formato de borboleta, localizada na parte dianteira do pescoço e responsável pelo nosso metabolismo, o qual pode ser prejudicado caso a produção de hormônios tireoideanos esteja alterada, tanto para mais quanto para menos.
O T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina) são os hormônios produzidos pela tireóide, sendo responsáveis pela regulação da taxa de metabolismo, controle dos batimentos cardíacos, funcionamento intestinal, memória, humor, funções de aprendizado, entre outras funções.
Além disso, a tireóide pode apresentar outros problemas como o surgimento de nódulos, cistos, tumores e aumento no tamanho da glândula (bócio). Os nódulos são mais comuns em mulheres e por serem na grande maioria pequenos, geralmente são descobertos apenas por meio de um exame de ultrassonografia.
POR QUE REALIZAR UMA ULTRASSONOGRAFIA DA TIREÓIDE?
A ultrassonografia está se tornando cada vez mais importante no diagnóstico das doenças da tireóide. A evolução dos equipamentos de ultrassom possibilita a visualização de pequenas alterações cada vez mais cedo, ou seja, possibilitando o tratamento precoce.
Uma dessas evoluções do ultrassom é a análise com Doppler. Essa análise complementa a ultrassonografia simples, pois fornece informações adicionais como a rede vascular e o fluxo sanguíneo.
O QUE O ULTRASSOM DA TIREÓIDE VERIFICA?
A ultrassonografia da glândula tireoideana possui diversas indicações, em especial com o efeito Doppler. Dentre as principais indicações, merecem destaque:
– analisar nódulos encontrados pelo médico na palpação do pescoço;
– verificar as características e padrão de vascularização (com Doppler) dos nódulos encontrados (benigno ou maligno);
– acompanhar os nódulos tireoidianos, verificando se houve alterações ou surgimento de novos nódulos, o que pode ou não indicar a necessidade de punção ou cirurgia para estudá-los ou removê-los;
– analisar a glândula tireoidiana aumentada, verificando a provável causa, determinar seu tamanho e posteriormente acompanhar a evolução;
– verificar a causa da dor na região da tireóide;
– analisar anormalidades tireoidianas detectadas por outros exames;
– verificar a topografia da tireóide após procedimento cirúrgico, avaliando se houve recidiva (retorno do tumor), surgimento de novos nódulos ou linfonodos (glânglios) suspeitos.
COMO É REALIZADO O ULTRASSOM DA TIREÓIDE?
A ultrassonografia da tireóide não requer preparo prévio do paciente. No momento do exame, o médico ultrassonografista aplica o gel sobre a região do pescoço e utiliza o aparelho de ultrassom deslizando a sonda sobre a pele. Esse dispositivo transmite as imagens através das ondas de alta frequência que são enviadas em direção à glândula da tireóide. As imagens produzidas irão mostrar o tamanho da glândula, o formato, os vasos sanguíneos e qualquer nódulo ou alteração que possa apresentar.
É importante lembrar que como todas as ultrassonografias, este exame não possui reações, contraindicações ou cuidados específicos após a sua realização, pois é um processo indolor, não invasivo e que não utiliza radiação.
QUAL A PERIODICIDADE PARA FAZER ESSE EXAME?
A periodicidade varia de acordo com o caso de cada paciente, devendo ser respeitada a conduta do médico. Entretanto, cabe ressaltar que mesmo em pacientes sem sintomas podem ser encontradas alterações da glândula tireóide, o que torna este exame uma peça importante nos exames de rotina anual.
A ultrassonografia é um exame rápido, seguro e eficaz, que pode auxiliar em um diagnóstico precoce de doenças da tireóide para um tratamento adequado. Além disso, é importante que o exame seja realizado por um profissional especializado e com equipamentos apropriados.
Fonte: http://lgasaude.com.br/ultrassonografia-da-tireoide-qual-a-importancia-deste-exame/